Created
January 11, 2012 17:22
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O Ciclo Vicioso Do Software Retranqueiro
@flavih, aqui na empresa todos os novos clientes passam por um design de
projeto.
O design de projeto consiste em duas dinmicas com o cliente: uma para
elaborar um business model canvas (BMC) e um workshop de requisitos.
No BMC abordamos o problema que o cliente deseja resolver, identificamos o
pblico alvo, definimos algumas metas afim de explorarmos o problema.
No workshop de requisitos partimos para a soluo, identificamos as
personas envolvidas no processo, quais as atividades que precisam ser
apoiadas por software e quebramos essas atividades em user stories. No fim
temos um user story mapping com um big picture da soluo que imaginamos.
As vezes, no BMC, percebemos que no precisamos de software para resolver o
problema. Nesse caso nem fazemos o workshop de requisitos, e sugerimos para
o cliente solucionar o problema de uma outra forma.
O produto final do design de projeto o business model canvas, o user
story mapping, e uma anlise feita por ns sobre tecnologias que
recomendamos, tempo necessrio, equipe necessria e etc...
Esse servio cobrado, e no final o cliente ainda pode levar o produto
desse design de projeto para ser desenvolvido com outra empresa, nada
segura ele com a gente.
O resultado est sendo bem positivo, os clientes esto adorando as
dinmicas e vendo muito valor nesse processo.
[]s
2012/1/18 Alexandre Aquiles <
[email protected]
… Acho importante ressaltar que o uso de uma abordagem
iterativa/incremental, com Escopo Priorizado e evoluo das
funcionalidades, no suficiente para o sucesso de um projeto de
desenvolvimento de software.
Mesmo com metologias/prticas geis, muitos projetos que comeam simples e
bacaninhas vo se transformando em monstros. E os sintomas 10, 13, 14, 15,
16, 21, 22, 23 e 25 tornam-se claramente visveis.
O lado positivo que quem no conseguia entregar quase nada seguindo
processos tradicionais passa a entregar. Mas o software vai ficando cada
vez mais difcil de manter e evoluir.
O ponto chave para acabar com os sintomas mencionados, e com o fracasso,
aliar a evoluo das funcionalidades a um cuidado com qualidade: design,
refatorao, testes automatizados, testes manuais exploratrios,
arquitetura, performance e tambm requisitos.
---
Dito isso, h um tipo de projeto que precisa de validao de hipteses
(lean startup/pretotyping). Pra esses, manter um nvel de qualidade alto
pode custar muito e tornar o MVP invivel.
Mas cuidado tem que ser tomado pra no virar um [Netscape Communicator](http://www.youtube.com/watch?v=u404SLJj7ig), um software de sucesso
validado mas condenado.
---
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Nicolas, gosto bastante do uso de personnas, como vc descreve.
Vc concorda que, melhor ou pior, esse design de projeto continua sendo especulação?
Com certeza! A estimativa do design de projeto, como qualquer outra estimativa, não é uma garantia.
Estamos trabalhando no formato timebox, e damos o nome de "slot" para uma equipe de 3 pessoas trabalhando durante 1 mes.
Quando um cliente decide nos contratar para o desenvolvimento, ele contrata slots. Portanto fica bastante claro que ele não contrata escopo, mas sim o nosso tempo.
No fim o levantamento do escopo no design de projeto serve como um guia de como começar o desenvolvimento. Mas nada impede que no slot que o cliente contratou se faça outra coisa, ou que as estimativas se provem estarem erradas.
Quando nos preocupamos em agregar valor, ao invés de simplesmente nos comprometermos com o escopo, o cliente adora a ideia dos slots.
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Acho importante ressaltar que o uso de uma abordagem iterativa/incremental, com Escopo Priorizado e evolução das funcionalidades, não é suficiente para o sucesso de um projeto de desenvolvimento de software.
Mesmo com metologias/práticas ágeis, muitos projetos que começam simples e bacaninhas vão se transformando em monstros. E os sintomas 10, 13, 14, 15, 16, 21, 22, 23 e 25 tornam-se claramente visíveis.
O lado positivo é que quem não conseguia entregar quase nada seguindo processos tradicionais passa a entregar. Mas o software vai ficando cada vez mais difícil de manter e evoluir.
O ponto chave para acabar com os sintomas mencionados, e com o fracasso, é aliar a evolução das funcionalidades a um cuidado com qualidade: design, refatoração, testes automatizados, testes manuais exploratórios, arquitetura, performance e também requisitos.
Dito isso, há um tipo de projeto que precisa de validação de hipóteses (lean startup/pretotyping). Pra esses, manter um nível de qualidade alto pode custar muito e tornar o MVP inviável.
Mas cuidado tem que ser tomado pra não virar um Netscape Communicator, um software de sucesso validado mas condenado.